Falta de
arborização
As árvores são de grande importância e a ausência delas é prejudicial a todo o meio.
Árvores:
ü Responsáveis por produzir oxigênio, que é utilizado por todos os animais para respirar;
ü Abrigo para animais, como pássaros que fazem seus ninhos em galhos para pôr seus ovos e se protegerem dos animais terrestres que poderiam capturá-los;
ü Influenciam no clima do local onde estão: diminuem a amplitude térmica, controlam a incisão dos ventos, bem como a insolação;
ü Realizam controle de umidade e incisão de ruídos;
ü Favorecem a infiltração de águas pluviais.
Logo, as árvores exercem um importante papel para o meio ambiente.
fonte¹
Para a cidade, além de torná-la um local esteticamente agradável, elas fixam poluentes em
suspensão, valorizam o patrimônio envolvente e aumentam o conforto e a valorização das
cidades. A falta das árvores, além de prejudicar a fauna local, também leva a prejuízos na atmosfera já que o carbono emitido passa a ser totalmente recebido por ela devido a falta de seu filtro natural, levando ao agravamento do efeito estufa que, mesmo sendo um
processo que já ocorria, vem piorando e acelerando devido à ação humana.
Conclui-se então que as árvores têm um papel demasiadamente importante na vida e sua
falta acarreta consequências preocupantes a médio ou longo prazo. A presença delas
aumenta a qualidade da vida (como citado) e auxilia no ecossistema mantendo
assim a "saúde" do planeta Terra.
Falta de arborização em São Mateus
Em nossa cidade, situada no Espírito Santo, a presença de árvores é escassa, limitada a poucas praças ou terrenos baldios existentes. Devido a esse fato, a cidade é um lugar de grande amplitude térmica, ou seja, muito quente durante os dias e fria durante às noites, um fato que só não é fortemente percebido por visitantes e moradores de maneira recorrente pelo fato de situar-se na costa e ter as águas do oceano como auxiliares na regulagem da temperatura, uma camuflagem para o real problema. Como discorrido, as árvores são imprescindíveis para a manutenção da vida.
Em vários locais da cidade é possível perceber áreas que poderiam ser arborizadas porém não são. Por exemplo, podemos citar os canteiros da BR 101, que nos dias atuais são muito menos arborizados do que já foram. Há 10 anos atrás a presença de grandes árvores, inclusive várias da espécie pau-brasil, porém foram retiradas com a justificativa de que suas folhas e sementes poderiam causar acidentes na rodovia. O número de pássaros presentes na área caiu drasticamente e a pergunta que fica é: onde estão agora? Muitos acabaram migrando e outros seguiram morando entre os fios e nos topos dos postes de luz em seu novo "habitat" nada natural.
BR 101, trecho em São Mateus-ES. Fonte²
Em bairros como o Centro ou o Ideal a justificativa de falta de espaço pode até ser plausível, porém em bairros mais afastados como a Nova São Mateus, há uma grande área onde poderia haver árvores, como por exemplo, na rua principal, além dos quintais das casas que facilmente comportariam árvores de porte médio. De mesmo modo ocorre nos condomínios da cidade, onde poderia haver mais arborização a fim de preservar a diversidade de espécies de pássaros, já que esses condomínios são, em sua maioria, mais afastados do centro onde ocorre muita movimentação durante o dia, mesmo fora dos horários de pico.
Em diversos bairros de nossa cidade é possível encontrar locais, seja nas calçadas ou nos quintais grandes das casas, onde poderia haver árvores. Porém o que mais é visto são calçadas lisas e quintais cada vez mais acimentados, o que diminui cada vez mais a diversidade de espécies, principalmente de pássaros, no município.
Impactos ao meio ambiente
Esse problema é totalmente correlacionado com o ciclo do
carbono e o ciclo da água. As árvores são atuantes em ambos os casos. É sabido
que as árvores, que são seres autotróficos, participam em grande parte do ciclo
biológico do carbono.
Enquanto seres heterotróficos, em sua grande maioria ou
totalidade, são liberadores de CO2 por meio da respiração e alguns
decompositores pelo processo de decomposição, os autotróficos utilizam esse CO2
no processo de fotossíntese, liberando O2 na atmosfera e adequando o carbono na
composição de moléculas orgânicas.
Os seres humanos desde a primeira revolução
industrial têm aumentado exponencialmente a liberação de Carbono na atmosfera,
e também, vem desmatando cada vez em maior quantidade. Desse modo, enquanto
aumentamos a liberação do Carbono, que é componente químico do principal agente
do efeito estufa, retiramos os seres que fazem a reposição de carbono o
retirando da atmosfera e isso vem gerando problemas que crescem cada vez mais rápido.
fonte³
Na existência de grande parte dos seres vivos, a água é um
recurso inestimável, mas com a acessibilidade reduzida. Com uma ínfima parte
mensurável de água potável e acessível para os seres são de suma importância
observar e seus ciclos para melhor distribuição e aproveitamento de tão
inestimável recurso. As árvores por meio
da transpiração auxiliam na evaporação da água para sua posterior
precipitação.
Sendo em
boa parte pavimentada e sem redes de esgoto, São Mateus sofre com enchentes a
cada chuva forte, o solo asfaltado não é capaz de absorver a água, fato que
seria amenizado caso houvessem mais espaços para árvores nas calçadas e
rotatórias (ao nível da rua), uma vez que as árvores auxiliam na manutenção do
ciclo da água.
Vale mencionar que apenas as árvores não
serão de modo algum suficientes para a recuperação do dano causado no planeta
terra e para manter uma subsistência harmoniosa com o meio. É necessário consciência em cada ação que a
humanidade fará para prevermos seus impactos e como abrandá-los.
Soluções
Campanha que incentivem o plantio de árvores, descontos em impostos e IPTU para proprietários de lotes e casas com áreas livres, assim como para pequenos e médios comerciantes; dentro do que foi sugerido convém descontos mais significativos para aqueles que derem preferência às espécies nativas como os ipês e os juazeiros ao invés de espécies de outros biomas e até mesmo isenções para plantios de especies em risco de extinção, deste modo esses seriam fortes incentivos para a restauração de parte do ambiente da cidade.
Autores: Jenniffer O. Checchia, Júlia Vestphal, Paulo Vitor Lagass e Paulo Ricardo C. Guzzo.
Referências