A praia é de todos, inclusive dos animais!


Caracterização do problema “Lixo na Praia”:
 Um estudo inédito revelou que os banhistas que frequentam as praias no país dividem espaço, a cada trecho de 8 quilômetros (km), com mais de 200 mil bitucas de cigarro, 15 mil lacres, tampas e anéis de lata, 150 mil fragmentos de plásticos diversos, 7 mil palitos de sorvete e churrasco e 19 mil hastes plásticas de pirulitos e cotonetes. Os dados são resultado da segunda fase do projeto Lixo Fora D’Água, coordenado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
 Os dejetos deixados nas praias não só afetam as espécies marinhas, como também trazem prejuízo econômico e aos banhistas, que frequentam esses locais. De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Queensland, na Austrália, a contaminação dos oceanos, principalmente por plásticos, é responsável pela morte de cerca de 100 mil animais todos os anos.
 Além de impactar as espécies marinhas, os resíduos descartados nas praias também interferem na vida dos banhistas, que podem se ferir com determinados objetos. A sujeira também reduz a balneabilidade, que é o índice usado para verificar a qualidade da água destinada à recreação. Desse modo, ela se torna imprópria para o banho, podendo gerar contaminação por doenças.

Onde ocorre esse problema?
 Bom, esse problema do lixo, ocorre no Espírito Santo, em São Mateus, mais precisamente em Guriri, um dos pontos turísticos da cidade, local habitado por muitas pessoas. Esse problema se desenvolve ao longo da praia, onde moradores e turistas frequentam diariamente e muitos desses que frequentam o local acabam deixando lixo para trás, e a maré acaba carregando e espalhando o lixo por toda a praia e pelo mar. Portanto, a cada dia que passa, mais lixo vai sendo acumulado nestes locais.

Figura 1- Praia de Guriri
Fonte: Página Trip Adviser

Como o problema impacta o ambiente onde vivemos?
Uma das principais fontes de renda da nossa cidade (São Mateus- ES) por meio do turismo é a praia de Guriri. Apesar da nossa cidade ter um bom resgate de conteúdo histórico por possuir importantes patrimônios culturais, existe um descaso muito grande por parte da prefeitura em relação à essa parte da cidade, que nos últimos anos tem visado principalmente o litoral mateense, deixando de lado a infraestrutura da cidade, mas essa é uma problemática para outra situação.
O ato de jogar o lixo na praia ou mares é uma atitude deplorável por parte do turista, tendo em vista que pode ser evitado apenas com a espera para o descarte adequado. Porém, o prejuízo causado por essa simples atividade é muito mais complexo, já que a natureza nem sempre se recupera pelos danos. Um possível impacto relacionado ao problema são os animais marinhos tentarem digerir esses resíduos descartados, podendo até mesmo colocar algumas espécies em extinção, desequilibrando a teia alimentar marinha, diminuindo o fluxo de energia no ecossistema e prejudicando, por exemplo, pela falta de peixes, os pescadores que dependem disso para sobrevivência. Além disso, também influencia em dois ciclos essenciais para a vida, da água e do carbono.

Figura 2- Garrafa descartada incorretamente
Fonte: Retirada pelos autores

Como o problema impacta o Ciclo da água?
 As atividades humanas que desencadeiam em prejuízos ambientais são responsáveis pelas mudanças nas condições ecológicas marinhas e isso pode significar alteração ou destruição e perda do habitat marinho. Sendo assim, essas práticas acarretam na poluição da água, poluição do ar e poluição do solo, que intoxicam o meio ambiente e contaminam a água. O resultado final é o esgotamento de espécies marinhas de animais e plantas, já que o meio de sobrevivência deles está sendo devastado.

Figura 3- Tartaruga encontrada após ingerir lixo
Lixo X Tartarugas Marinhas
Fonte: http://tamar.org.br/interna.php?cod=316 

Com a água poluída, prejudica a precipitação, que carregará uma toxicidade em sua composição. Logo, todo o ecossistema está prejudicado, o ambiente marinho por ter o habitat destruído e o ambiente terrestre por depender das chuvas e da água potável para sobrevivência.
Como o problema impacta o Ciclo do carbono?
Quanto ao ciclo do carbono, como estamos utilizando bastante os combustíveis fósseis para nos deslocar até as praias, está aumentando a devolução do CO2 na atmosfera, aumentando o efeito estufa, que aumenta o nível do oceano, podendo causar enchentes em diversos lugares do mundo por conta do derretimento das calotas polares. Na nossa região, que existe um descarte errôneo do lixo, a situação é agravada por conta dos plásticos feitos de polietileno, matéria-prima das sacolas de supermercado, que liberam metano e etileno durante seu processo de decomposição no mar e no meio ambiente, que são altamente tóxicos.
No ciclo geológico do carbono, o dióxido de carbono (CO2) é trocado entre a atmosfera e a hidrosfera pelo processo de difusão até que se estabeleça o equilíbrio entre a quantidade de CO2 que se encontra na atmosfera e na água. Outra forma de movimentação acontece quando o CO2 se dissolve na água da chuva, produzindo H2CO3, uma solução ácida que facilita a erosão das rochas, do esqueleto dos corais e das conhas. Esse processo de desintegração das rochas libera íons que podem ser levados ao oceano, onde organismos marinhos utiliza-os para a formação de conchas, que servem de proteção para alguns seres vivos.

Figura 4- Ciclo do Carbono
Ciclo do carbono
Fonte: https://www.todoestudo.com.br/biologia/ciclo-do-carbono

Possíveis soluções para o problema:
 Esse problema de lixo afetando vidas marinhas não começou a acontecer de ontem para hoje, e não é de hoje pra amanhã que vamos conseguir resolvê-lo. 
Para resolver este problema ou ao menos minimiza-lo é necessário muito tempo, para que a população se informe sobre o assunto e entenda as consequências. 
 A grande fonte do problema é o lixo que a população descarta de maneira incorreta, logo para minimizar o problema, é necessário minimizar a quantidade de lixo nas praias. 
Em poucos minutos conseguimos pensar em algumas possíveis soluções para este problema. São elas: 
·   MAIS PLACAS ALERTANDO SOBRE AS CONSEQUÊNCIAS DO LIXO MAL DESCARTADO. 

·     MAIS LIXEIRAS NAS PRAIAS, DE MANEIRA QUE A PESSOA NÃO PRECISE CAMINHAR MAIS QUE CINCO MINUTOS PARA JOGAR SEU LIXO FORA (já que um dos maiores motivos de jogar o lixo no chão é por preguiça de joga-lo em uma lixeira). 

·         MULTAS PARA QUEM NÃO JOGAR O LIXO NA LIXEIRA. 

·        VOCÊ TIRAR CINCO MINUTOS OU MENOS DO SEU TEMPO DE LAZER PARA DESCARTAR CORRETAMENTE O LIXO QUE VOCÊ ENCONTRA, OU O QUE DEIXARIA NA PRAIA.
Outra importante solução, seria investir no Projeto Tamar, que era um importante defensor do meio ambiente em nossa cidade, e tinha como principal foco as tartarugas, que são bastante prejudicadas pela ação antropológica, uma pena que esteja sem atividades.
Site do projeto para interessados: http://tamar.org.br/

Pesquisa realizada pelos alunos do 2MIM: Clovis, Eduardo, Kayky e Luiz Augusto

3 comentários:

  1. Parabéns pelo trabalho, ficou muito bom!

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  2. Excelente reflexão sobre a poluição das praias. Temos uma praia tão linda! devemos cuidar dela!

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  3. Excelente trabalho! Parabéns à professora e aos alunos pela apresentação criativa de um conteúdo tão importante. Essa imagem da tartaruga é muito triste.

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